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Uma Meditação Natalícia: As implicações do nascimento de Jesus no debate sobre o aborto


A história do nascimento de Jesus, contada com anjos, pastores, reis magos com camelos e que sempre inclui um burro em volta de um bebê numa manjedoura é cconhecido em todo o mundo, mas subjacente a estas figuras populares encontramos a resposta à pergunta central do debate sobre o aborto.




Como este post é um estudo bíblico e trata a questão do aborto, talvez a maior questão cultural/moral dos nossos dias, este post aparece nos dois podcasts:



















"In Times Like These"











Nesta época do ano, é costume olhar para trás e ponderar quais eventos e questões foram os mais importantes de 2024. Há muitos por onde escolher, não há?

 

As eleições americanas vêm à mente, claro, e quem sabe quais serão as suas consequências a curto, médio e longo prazo? Mas eram apenas um reflexo das questões centrais: a economia, o aborto, a imigração, o crime, as guerras na Europa e no Médio Oriente, e a presidência Biden e o seu papel em cada uma dessas áreas. Parece que o debate sobre o aborto foi empurrado para segundo plano, devido à magnitude dos outros problemas, mas há razões para ver a questão do aborto como talvez a questão mais enraizada na sociedade.

Este debate é realizado em tons cinzentos. É raro ouvir alguém que está em um extremo ou no outro num espectro de preto ou branco, em que o aborto está incondicionalmente certo ou errado. De um lado, há a visão liberal de que o aborto é aceitável, a qualquer hora, em qualquer lugar e praticamente de qualquer maneira por qualquer motivo. No lado oposto, talvez ouçamos alguém dizer que o aborto nunca está certo, em nenhuma circunstância. Na realidade, embora seja mais provável encontrar um liberal que apoie a primeira visão, as chances de encontrar alguém que é totalmente contra o aborto em qualquer circunstância são muito remotas. Na verdade, o debate não gira em torno da questão de saber se o aborto é certo ou errado. A pergunta crucial é “Qual é o momento em que o fim de uma gravidez passa de ser aceitável a ser errado?

 

Em que momento é que o óvulo fecundado se torna em uma pessoa ?

A pergunta então se torna: "Em que momento é que o óvulo fecundado se torna em uma pessoa e, a partir daí, interromper o seu desenvolvimento é moralmente errado?" É aqui que vemos o leque de posições no debate. O aborto é aceitável até o nascimento atual, desde que o bebê não tenha saído do corpo da mãe? Esta posição é muito extrema, por isso começamos a riscar a linha na areia num outro ponto: nenhum aborto no último trimestre ou após 15 semanas de gestação. Alguns aceitam estabelecer a fronteira em 6 semanas. Tudo se torna arbitrário. Por que não estabelecemos que um batimento cardíaco audível seja o sinal do feto ter personalidade, após o que o aborto assume o caráter de assassinato?


Que tem a autoridade para responder à pergunta?

Isso então nos leva a esta pergunta: "A quem assiste o direito de estabelecer o ponto ao longo deste caminho de moralidade que divide o mero procedimento médico que remove um crescimento indesejado de tecido do ato deliberado que põe fim à vida de uma pessoa?


A opinião pública é inútil. Já há muitos cozinheiros na cozinha neste ponto. E porque o governo assume a sua posição com base no que o público diz, isso também não vai funcionar.


Isso deixa-nos com a ciência médica. "Confie na ciência", disseram-nos, mas o desastre da COVID só provou ainda mais o que já deveria ter sido evidente: a ciência e os cientistas nunca foram uma fonte fiável de verdade absoluta.  A ciência é o produto de cientistas, que são tão falíveis quanto qualquer outro ser humano.

A ciência nunca foi fonte fiável da verdade absoluta.

Quando pensam ter encontrado o limite mais distante do universo, uma nova tecnologia obriga os cientistas a dizer, como diz aquela voz no sistema GPS do carro: "Recalculando, recalculando". As balizas estão em constante movimento, dependendo da equipa que está a definí-las.



E assim é com o início de um ser como uma pessoa e da vida. A ciência está sempre desenvolvendo novas ferramentas e processos, mas nenhum procedimento de laboratório será capaz de pesar a alma ou medir o espírito. É verdade que as novas tecnologias podem examinar um feto ainda por nascer e fazer algumas previsões muito precisas sobre o seu futuro desenvolvimento físico e mental, mas nunca haverá uma teconologia capaz de avaliar o desenvolvimento espiritual e o caráter pessoal daquele pedaço de matéria física que colocam sob o microscópio.



No entanto, existe um instrumento que pode fazê-lo.


12Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.    13E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas.   Hebreus 4:12-13



A Palavra de Deus é onde as questões espirituais são tratadas e o que diz a Palavra de Deus sobre esta pergunta "quando é que começa a vida"?  Davi escreveu em Salmos 139:13-16



E para que alguém não diga, “Mas essa era apenas a opinião de David, e ele mesmo não poderia ter visto tudo isso. Ele estava apenas sendo filosófico ou poético”, lemos o que o próprio Deus disse a Jeremias, no capítulo 1, versículos 4-5:


4Ora veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:   5Antes que eu te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre te santifiquei; às nações te dei por profeta.   


Mas agora, nesta época natalícia, quando todos falam sobre o Natal, nos deparamos com a passagem mais poderosa da Bíblia sobre esse assunto, em João 1:1-4, 14,


1No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.    2Ele estava no princípio com Deus.    3Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez.    4Nele estava a vida, 14E o Verbo se fez carne,


Sei que não esta leitura não é habitual nos cultos de Natal... Não há anjos, pastores, reis magos ou burros. Não há nada em que podemos pendurar luzes, mas esta passage resolve a questão de saber se um feto está vivo e tem personalidade. Desde o momento de Sua conceição, Jesus não estava apenas vivendo, Ele era a própria vida. A própria Pessoa que dá vida a todos nunca em nenhum segundo deixou de existir, para depois começar a ser uma pessoa novamente, embora ele tenha passado nove meses no ventre da mãe enquanto o seu corpo físico se desenvolvia, a partir de uma só célula até ele nascer como qualquer menino normal, com certeza chorando e com fome. É verdade que Sua conceição pelo Espírito Santo foi milagrosa e única, mas de todas as outras maneiras Ele era um homem como nós. Ele desenvolveu-se como todos nós nos desenvolvemos. O que diria a ciência? Que Jesus só se tornou em uma pessoa depois de um certo ponto da gravidez de Sua mãe? Poderia a segunda Pessoa da Trindade deixar de existir a qualquer momento? Jesus se tornou divino em algum momento durante Sua infância e juventude?


Poderia a segunda Pessoa da Trindade deixar de existir a qualquer momento?

Em Lucas capítulo 2, encontramos uma corroboração da personalidade de Jesus no ventre de Sua mãe. Quando Maria foi informada de que o Filho de Deus tinha sido concebido nela, ela imediatamente foi partilhar a notícia com a sua prima Isabel, que estava no sexto mês da sua gravidez. O bebé dela receberia o nome João e seria chamado João, o Batizador.   "Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o bebê saltou dentro dela", Lucas 1:41a João nem sequer tinha nascido e já se regozijava com a presença do Messias, que estava 6 meses atrás dele no desenvolvimento do seu corpo físico. Estão a ver? Nossa personalidade é independente de nossos corpos materiais, como evidenciado no outro extremo de nossas vidas terrestres. Só porque nossos corpos morrem, não deixamos de ser indivíduos, quer em conforto celestial ou no tormento no Hades, aguardando o julgamento final.

  

Mas lá estamos nós de novo. Se não aceitarmos o que a Palavra de Deus diz sobre o que é a vida e sobre o fato de termos personalidade desde a fecundação do óvulo no útero, então o debate continuará interminavelmente. Para aqueles que não acreditam na Bíblia, nem sequer acreditam que Deus exista, nada do que Ele supostamente disse tem qualquer significado em todo o caso.


A verdadeira batalha é travada naqueles que se dizem crer em Deus e que crêem em Sua Palavra. A decisão sobre o que deve ser feito, especialmente quando a ciência da medicina prevê consequências terríveis para o bebê ou para a mãe, será difícil. Mas andamos pela fé e quando é que caminhar pela fé é um caminho fácil? A nossa decisão em cada passo da vida depende de uma relação pessoal com Deus. Para isso, não existe um método ou fórmula científica. " Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.." Hebreus 11:6.


Para a maioria das pessoas, a paz e a boa vontade tão faladas nesta época do ano são, na melhor das hipóteses, a expressão de um desejo humano e não vêm de uma crença real na Bíblia, que tem uma resposta clara para o debate sobre o aborto sobre quando a vida começa. Para a maioria das pessoas, o Natal não tem nada da Bíblia, mas o nascimento de Jesus está no centro da mensagem bíblica.


...somos pessoas cujo ser inteiro pode ser colocado numa lâmina sob um microscópio.

"Emanuel" (Deus conosco) é mais do que apenas um nome ou título dado a Jesus. Os detalhes do nascimento de Jesus mostram como devemos entender o desenvolvimento da nossa própria natureza como indivíduos, responsáveis perante o nosso Criador, mesmo antes de termos um nome, mas já sendo pessoas cujo ser inteiro pode ser colocado numa lâmina sob um microscópio.

Que essa verdade molde nossos pensamentos e as decisões que tomamos ao longo do ano. De um modo tão admirável e maravilhoso fomos formados, Não desperdicemos o que Deus nos deu, nem destruamos imprudentemente o que Ele deu aos outros, por mais insignificantes que nos pareçam.

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